segunda-feira, 19 de março de 2012

O Raio-X e o Hemograma

Essas últimas semanas foram bem agitadas, de casa para o médico, do médico para o laboratório, do laboratório para a clínica, da clínica para o hospital, do hospital para casa e depois tudo de novo.
É, minhas duas meninas não estavam muito bem, quer dizer ainda não estão muito bem, mas já melhoraram bastante.

Tudo começou com a Marina que na última consulta, conversando com a pediatra resolvemos investigar se ela tinha refluxo, pois nos últimos dias estava chorando bastante, mamando agitada e golfando muito. Tínhamos duas opções ou medicávamos às escuras, para ver se melhorava ou fazíamos um raio-x de estômago, esôfago e duodeno, e aí sim teríamos certeza do que se tratava.

Preferi investigar, porque se não fosse isso partiríamos para a comida de uma vez. 
E aí, batata, é refluxo. Não foi assim tão fácil. A bichinha chorou tanto, tanto, mais tanto que prejudicou o exame, o diagnóstico foi dado pelo diâmetro do esôfago, que sugere refluxo mesmo. E parece que foi só fazer os exames que mais sintomas apareceram. Soluços de repetição, vômitos mais frequentes e tal.

Mas vamos voltar ao chorou tanto... ela fez um escândalo tão grande que quando saímos todos olharam com cara de peninha do bebê que estava sofrendo lá dentro. E eu chorei junto com ela, e ainda tendo que segurá-la. E que bichinha forte, pequenina, mas forte. Demorou um pouco até conseguir acalmá-la. Ainda por cima não podia mamar. Três horas de jejum e depois de uma mamadeira de contraste, mais uma sem leitinho. Que judiação da minha tomatinha (como diz o dindo).

Nem muito tempo passou do meu trauma com uma veio o da outra. 

A Anna Beatriz desde que voltamos da praia se queixa de dor de barriga, teve uns episódios de diarréia e tudo. Mas o mais preocupante foi quando ela começou a fazer uns cocôs brancos. E é branco mesmo, não é marrom clarinho. A primeira medida foi dar vermífugo. Eu dou todo ano, mas como estávamos na praia é bom garantir. 

Passada uma semana ela continuava reclamando da barriga a outra opção para o cocô branco seria hepatite A. Aí já fiquei apavorada. Até porque, mesmo sendo particular, eu dei as duas doses da vacina. E lá fomos nós fazer exame de sangue. Eu cheguei a pensar que seria fichinha, afinal minha boneca sempre foi corajosa e cansou de tomar vacina sem dar um pio. 

Como aproveitei para fazer exame também, eu estava disfarçando para que ela não olhasse, mas na hora de tirar o sangue a técnica sem nenhum jogo de cintura fala:
- Olha só, suquinho de uva do braço da mamãe! 
E ela olha bem na hora que entra a agulha. Pronto! Aí acabou.
Já começou a falar que não queria, tivémos que deitá-la e foram necessárias três para segurá-la aos prantos. E nem assim foi fácil. Ela se mexia tanto que foi difícil e demorou para conseguirem a quantidade necessária de sangue e ela lá aos berros e eu mais uma vez, segurando a filha e chorando junto.

Vida de mãe não é fácil. Queria poder tomar todos os contrastes e tirar todo o sangue necessário para que minhas princesas não sofressem, nem chorassem.

Mas a boa notícia é que os exames da Anna deram todos ótimos, nada de hepatite. Mas a dor na barriga continua e ainda teve um episódia de vômito.
O que será?! Vou investigar intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite ou coisa parecida?! Sei lá.

E a Nina se não bastasse o refluxo começou com febre, fomos consultar com sua pediatra no hospital e estava com otite de repetição por causa do refluxo. Dó!!! 10 dias de antibiótico. Mas hoje acaba.



E doentinhas elas fazem muito denguinho na cama da mamãe...


Um comentário:

  1. Me parte o coração vê-las ruinzinhas. Você sabe do pavor que eu tenho de agulhas, e sabe também que a primeira vez na vida que eu me ofereci internamente, jurando que tomaria injeção no lugar dela, foi pela Anninha. Uma vez, quando ela chegou aqui em casa chorandinho e mancando, porque tinha tomado vacina na coxa. Eu, que nunca me achei manteiga derretida pra esses assuntos de vacinas alheias, chorei abraçada na bichinha, jurando que teria tomado no lugar dela.
    Então, imagine como não fiquei aqui magoada com todo esse relato! Imagino como você se sentiu, Cinthia! Mas graças a Deus os exames já passaram, e está tudo ficando bem com elas! Minhas princesas!
    Beijos!

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